De longe, muitas vezes é que sentimos o aguçar dos sentimentos em relação ao outro.
Assim, lidamos com as lembranças doridas dos filhos queridos que já se vão distantes, ou com as saudades daquele amor descuidado que partiu até mesmo sem se despedir, nos deixando para trás a falar sozinhos e a choramingar pelos cantos.
Dessa forma sutil, aprendemos a movimentar nossos sentimentos pelos campos orvalhados das saudades.
A distancia das pessoas, do tempo e das coisas, é instrumento eficaz no aprendizado do respeito, da tolerância exaurida, nos ensinando a aprimorar a excelência da ética um dia perdida.
Assim é que hoje, milhares de corações vivem as chamadas separações, a lhes impor mutilações emocionais impiedosas devido a distancia e a solidão. Dessa maneira, vamos retrabalhando de forma expiatória os desleixos cometidos quanto às nossas relações afetivas vividas no grande ontem , seguimos então, perambulando sofridos pelos jardins onde tão somente florescem as lembranças e as saudades de tempos venturosos.
Alma querida, se em algum dia te ver envolvida pela distancia e consumida pelas saudades , lembra-te de acalmar e silenciar o teu coração e age sem exigências, procura administrar com carinho as experiências, perdoa sempre!…
Lembra-te de que devagar se vai ao longe e com perseverança chegaremos lá, segue vencendo as distancias com decisão e com a confiança enobrecedora em Jesus o amigo “de perto”.
Cabe ao viajor ainda que exausto, percorrer o caminho das desilusões sempre de coração aberto e sem magoas, sabedor de que a distancia que hoje te assola a vida, e que te separa impiedosamente de corações queridos, é elo indestrutível de união, sendo forjado de forma segura na combustão de teus próprios sofrimentos.
Dessa forma a vida segue reaproximando corações, e recompondo consciências para convivências próximas, futuras, em moldes fraternos e seguros com vistas ao grande amanhã.
Alma querida não te importe com o “de longe”, continue amando e perdoando o quanto possas, e não desista, seja amiga do tempo. Lembra-te que a distancia sempre produz laços sublimes para a reaproximação e a valorização dos corações que apesar de “de longe” aprendem a trilhar perdoando e amando ainda que por ora se encontrem envoltos nas brumas das distancias e das saudades.
Muita paz e muita alegria,
Irmã Scheilla, psicografado por Jairo Avellar
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