Jairo Avellar pelo espírito Irmã Scheilla
A insegurança muitas vezes nos visita, arrastando-nos para o extenso labirinto das dúvidas atrozes. Quando se manifesta, deixa uma sensação de menos valia nos corações acometidos, reforçando-nos a incerteza e realçando as fragilidades vividas, levando, quase sempre inúmeros companheiros a consideráveis níveis de stress.
A bem da verdade, o comportamento inseguro torna-se o grande comprometedor das nossas decisões, proporcionando-nos infindos e desgastantes arrastamentos em processos simplórios, sendo o gerador de expectativas totalmente infundadas e fantasiosas.
Por isso, sempre causa um mal-estar generalizado e enorme animosidade junto ao coração dos que esperam ansiosos por uma solução imediata.
O hábito da menos valia, várias vezes, é mantenedor de insegurança, sendo desenvolvido através da sensação de impotência diante da vida e pela covardia pessoal, ocorre quando o inseguro se sente insuficiente para arcar com as responsa-bilidades de uma decisão, por se achar sempre incapaz e impotente.
Geralmente, este hálito de impotência mora no profundo da alma, em resposta aos enganos cometidos ontem, fazendo com que o indivíduo de hoje não acredite em si próprio, passando para si o atestado de incapacidade plena, produzindo para a vida seres confusos, atabalhoados, desorganizados, mendigos da confiança alheia.
Existem também os impotentes, que apresentam um comportamento de insegurança por não acreditarem em suas potencialidades. Vêem a si mesmos como incapazes e inoperantes, vivendo a esconder-se da vida e das pessoas. Geralmente são introvertidos, solitários, preferindo viver à margem dos acontecimentos.
No capítulo da insegurança, sempre encontraremos também os covardes, que preferem não correr riscos. Simulam uma falsa humildade que mora nas aparências. Em geral, são companheiros vaidosos, orgulhosos e prepotentes, que lidam mal com as derrotas e preferem, assim, viver o ostracismo dos incompetentes a se arriscarem à tomada de decisões.
Geralmente, andam transferindo suas responsabilidades para Deus, vivem batendo no peito em nome da fé, mas, na realidade, usam-No como um escudo para as suas conveniências, pois, quando alguma coisa reclama por decisão, eles se escondem na figura divina, outorgando-Lhe as responsabilidades que são suas. Para tudo e para todos, andam sempre com um chavão previamente treinado, “Se for da vontade de Deus!…”.
Há, é claro, os irresponsáveis que são como crianças face às responsabilidades maiores. Não conseguem enxergar as necessidades, tratando todas as coisas como se passatempo fossem ou como se nada tivessem de seriedade.
Em geral, brincam e zombam de tudo, vivem em constantes adiamentos irresponsáveis. Não conseguem enxergar a importância das coisas para si mesmos, tampouco para os outros. São almas na infância da evolução, embora já sejam espíritos milenares no carreiro das experiências evolutivas. Vivem a recalcitrar seguidamente suas responsabi-lidades maiores, tratando a vida como se uma brincadeira fosse. Nada possuem de seriedade ou de compromisso com os outros e com eles mesmos. Transformam em lúdicas brincadeiras as várias propostas, quando a vida vem lhes solicitar uma urgente tomada de decisão.
A insegurança tem sido a dor de muitos, alimentando a fogueira das incertezas, queimando-lhes a esperança e a harmonia interior. Um sem-número de irmãos vive hoje a solicitar freqüentemente os recursos medicamentosos; muitos vivem algemados às constantes crises de insônia, ou em seguidos pesadelos, enquanto outros vivem destilando crises graves de constante agressividade. Todo este sofrimento, simplesmente por não procurarem adequar-se melhor aos momentos de decisão.
Alma querida, quando te vires diante de situações que lhe exijam decisão, procura sempre tomá-la. Primeiramente, consulte tuas emoções sobre como proceder, logo depois vai à outra metade de ti e consulta sobre a mesma decisão sob a ótica da razão. Busca, o quanto possível, o ponto de equilíbrio entre um lado e outro. Não te permitas aos arrastamentos e toma logo a tua decisão.
Lembra-te de que toda decisão estará sujeita a erros e acertos, entretanto sofrem menos os que tomam as decisões e, com o tempo, percebem o erro, do que os que se arrastam na covardia dos adiamentos infindos.
Considera também que a vida é feita de recomeços. Recomeçar deve ser a nossa proposta diária. Somente não erram os que nunca tentaram acertar. Movimenta em teu favor o autoperdão e não te esqueças de considerar a tua imaturidade espiritual.
Reconhecendo a presença da tua imaturidade espiritual, esforça-te ao máximo para buscar a tua segurança na lida diária com fatores que te possam fazer crescer e amadurecer sem demora. Por isso, considera a urgência de procurares as leituras edificantes, onde possas aconselhar-te com os companheiros que dedicaram muito do precioso tempo de que dispunham, pensando em atender às necessidade daqueles que como você ainda requerem redobrada atenção e carinho.
Não te esqueças nunca da excelência do evangelho de Jesus ainda hoje, busca, nas suas páginas, a segurança de que tanto necessitas e age sempre com fé.
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